sexta-feira, 23 de julho de 2021

Cividade de Terroso.

 


A Cividade de Terroso foi um povoamento localizado em Povoa de Varzim, Portugal. Conhecida na Idade Média como Montis Teroso, foi fundada no topo do Monte da Cividade, na Freguesia de Terroso, a 153 metros de atura onde há registros de ocupação entre 800 a.C. e III d.C.

A Cividade de Terroso é um castro extremamente fortificado por três muralhas compostas por grandes blocos. Sua população ocupava-se com a agricultura, pesca, pastoreio e trabalhos em metais, têxteis e cerâmicas. Os castrejos praticavam a incineração de seus mortos em fossas e posteriormente no exterior de suas casas.

 


A Cividade de Terroso foi um dos mais importantes povoados da cultura castreja do noroeste da Península Ibérica, localizando-se na freguesia de Terroso, no concelho de Póvoa de Varzim, no distrito do Porto.

Este sítio arqueológico, conhecido na Idade Média como Montis Teroso, foi erigida no cimo do monte da Cividade, a 153 metros de altitude,no limite nascente da cidade. A Cividade de Terroso foi ocupada desde o século IX-VIII a.C. até ao século I-II d.C. Desde 1961 que o local está classificado como Imóvel de Interesse Público. 

 




Características

A fortificação é a principal característica dos castros. Os habitantes optavam por passar a viver no monte como forma de se protegerem contra saques e pilhagens, bem como ataques de rivais. Sendo erguida a 152 metros de altitude, a cividade permitia uma posição de vigilância da região.

O lado norte estava bloqueado pelo monte de São Félix, onde terá surgido o Castro de Laundos, também serviu de proteção. A passagem de Túrdulos e Célticos motivou a melhoria dos sistemas defensivos dos castros por volta de 500 a.C. Assim, a Cividade de Terroso foi um dos castros mais fortificados, uma vez que a acrópole estava circundada por três cinturas de muralhas que terão sido construídas em diferentes fases.

As muralhas eram feitas de grandes blocos sem argamassa e estavam adaptadas às características do monte. As faces de acesso mais fácil tinham muralhas altas, largas e resistentes e as que se encontravam num terreno com declives abruptos eram menos cuidadas. A entrada que interrompia a muralha tinha um lajeado de cerca de 1,70 metros de largura. No interior dos anéis de muralhas ainda é possível observar ruínas de grande diversidade, nomeadamente os recintos funerários.

Cada um dos quadrantes da Cividade está dividido em núcleos em torno de um pátio familiar e divididos por duas ruas principais que se intercruzam. Estima-se que, no seu apogeu, a cividade teria cerca de 12 hectares e várias centenas de habitantes.

A urbanização da Cividade passou por várias fases:


Fase 1: as habitações eram à base de elementos vegetais misturados com barro


Fase 2: as primeiras construções em pedra surgiram no século V a.C.




Fase 3: já no período romano, deu-se uma reorganização urbana, com recurso a novas técnicas construtivas

Em alguns locais da Cividade foram descobertos vestígios de esgotos ou caneiros que tinham como objetivo encaminhar as águas das chuvas.

As principais atividades da população local eram a agricultura de cereais (trigo e cevada) e leguminosas (fava), a pesca, a pastorícia e ainda trabalhos com metais, têxteis e cerâmica.


Núcleo Interpretativo da Cividade de Terroso


Património


Rua da Cividade de Terroso, Póvoa de Varzim
41.41234722222224 -8.723177777777751

Este edifício dispõe de um pequeno auditório/sala de projeções e uma área de receção onde se faz uma breve apresentação do espaço da Cividade de Terroso, uma das mais importantes estações arqueológicas da Cultura Castreja no Noroeste Peninsular.
Morada: Rua da Cividade de Terroso
Telefone: +351 252 692 515
E-mail: museu@cm-pvarzim.pt

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