quarta-feira, 25 de agosto de 2021

Queques de Laranja

 




Ingredientes 

125g de açúcar
150g de farinha
1 clh chá de fermento em pó
sumo e raspa de ½ laranja
3 ovos
6 clh sopa de leite
150g de margarina derretida
1 clh de sopa de rum
laranja cristalizada picada q.b.

Preparação

Numa taça ponha a farinha, o açúcar, o fermento em pó e a raspa da laranja. Misture tudo e abra ao centro da mistura uma cavidade e deite nela os ovos.
Mexa muito bem e junte em seguida o leite, a margarina, o sumo de laranja e o rum. Bata muito bem a massa e deixe-a descansar cerca de 30 minutos.
Encha as formas até meio, salpique com laranja cristalizada picada e leve a cozer em forno bastante quente durante 30 minutos.

terça-feira, 17 de agosto de 2021

A Princesa do Tâmega....Amarante

 


A bonita cidade de Amarante é uma das jóias do Norte de Portugal. Banhada pelo rio Tâmega, é como uma encruzilhada, para onde confluem a história, as tradições e a natureza, proporcionando, para lá das suas fronteiras, a descoberta do Douro, do Minho, de Trás-os-
Montes e das Terras de Basto, com as quais faz fronteira.


Amarante possui, também, uma das mais belas pontes portuguesas, robusta nos seus arcos graníticos, que constituiu durante séculos (mesmo antes da data de 1790 que ostenta) ligação fundamental da cidade do Porto com a região de Trás-os-Montes. Ponte heroica, é recordada pela defesa que as tropas do general Silveira nela fizeram, em 2 de maio de 1809, contra os invasores franceses. Parte da cidade ardeu, aliás, nesse ano, aquando do cerco pelos franceses do marechal Soult.

 


Descobrir Amarante é uma aventura que apetece viver! Aqui, a História pode ser lida em cada recanto, cada lugar, cada monte. Se procura arte e cultura, o percurso faz-se pela cidade, com passagem obrigatória pelos museus de Arte Sacra e de Amadeo de Souza-Cardoso; pelas Igrejas de S. Gonçalo, S. Pedro e S. Domingos e outros exemplares do barroco e do românico, espalhados pelo município. 

Se o seu fascínio é a natureza, então o destino é as Serras do Marão e da Aboboreira, que oferecem paisagens de sonho, trilhos encantadores e aldeias de xisto e granito ricas em tradições. O rio é o Tâmega, «rio divino do sagrado vale», no dizer de Teixeira de Pascoais. Vem de longe, dos lados de Chaves, e corre até ao rio Douro. No seu percurso, dá corpo a uma inconfundível paisagem de vales idílicos e de águas límpidas descendo pelas levadas. 

 



Amarante é uma placa giratória a proporcionar a descoberta do Minho, de Trás-os-Montes e das Terras de Basto, com as quais faz fronteira geográfica. Proporciona, também, a descoberta do Douro de dois modos: fica a 30 km da Régua, centro económico da região do Alto Douro Vinhateiro, e está ligada pela Linha Férrea do Tâmega à estação da Livração, na Linha do Douro. 

Por outro lado, está a uma distância de 60 km do Porto. No seu centro, ostenta mansões do século XVII com varandas de madeira pintadas em cores garridas ao longo das ruas estreitas e restaurantes e pastelarias com terraços sobranceiros ao rio.

Tavira....um oásis na região algarvia

 


Tavira, a capital portuguesa da Dieta Mediterrânea, é uma pequena cidade na costa algarvia de Portugal.

Estende-se ao longo do rio Gilão, que chega ao mar através das entradas das lagoas do Parque Natural da Ria Formosa.

A Ilha de Tavira conta com 11km de praia de areia branca, e salinas que atraem flamingos, colhereiros e outras aves pernaltas.

No centro, o castelo medieval de Tavira oferece vistas para a cidade.


A Igreja de Santa Maria do Castelo alberga os túmulos de 7 cavaleiros mortos pelos mouros.

Por ser cortada pelo rio, é conhecida por ser a Veneza do Algarve. Por fugir ao padrão de turismo de massas típico da Região onde se insere, e conservar a sua traça antiga, Tavira é um oásis na região algarvia que merece sem dúvida ser explorada.

 


 

 Fonte das fotos: https://www.algarvetips.com

segunda-feira, 16 de agosto de 2021

Bolinhos de Canela e Limão

 




A quantidade de Bolinhos de Canela e Limão vai depender do seu tamanho e no meu caso preferi não os fazer muito grandes. Usei a máquina do pão para os amassar, porque facilita muito a sua preparação.

INGREDIENTES


250 gr de açúcar;
150 ml de leite;
1 ovo + 1 ovo para pincelar;
50 gr de manteiga à temperatura ambiente;
25 gr de fermento de padeiro;
400 gr de farinha sem fermento;
300 gr de farinha com fermento;
1 colher de café de canela;
raspa de 1/2 limão;
1 pitada de sal;
papel vegetal.

PREPARAÇÃO


Na cuba da máquina de fazer pão coloque o leite, 1 ovo, a manteiga, o açúcar, a canela, a raspa de limão, a pitada de sal, a farinha com e sem fermento e o fermento de padeiro. Programe a máquina para “Pasta de Massa”. Quando o programa terminar repita o processo. Depois escolha o programa “Massa”. Entretanto forre um tabuleiro com papel vegetal. Quando a massa estiver pronta retire porções, faça bolinhas e coloque-as no tabuleiro. Bata 1 ovo com um garfo, pincele as bolinhas e deixe-as levedar. Aqueça o forno a 180ºC e coza os bolinhos.

 

Fonte:https://www.amesacomaziza.com






Esta é a receita do Bolo de Bolacha tradicional com o creme de manteiga....uma delicia!

 


Deve ser servido bem fresco, por isso prefiro fazê-lo de véspera. Para demolhar as bolachas gosto de usar café forte feito na cafeteira. Quando for demolhar as bolachas o café deve estar à temperatura ambiente, porque se estiver quente vão-se desfazer.

INGREDIENTES


400 gr de bolacha maria;
4 gemas;
250 gr de açúcar;
250 gr de manteiga à temperatura ambiente;
café forte.

PREPARAÇÃO


Bata a manteiga com o açúcar e as gemas até obter um creme fofo. Coloque uma camada fina de creme no fundo do prato de servir. Passe as bolachas uma a uma no café e coloque-as no prato, dando-lhe o feitio de uma flor. Espalhe uma camada de creme sobre as bolachas e repita a operação até acabar as bolachas. Depois barre o bolo com o restante creme e enfeite a gosto. Leve ao frigorífico até ao momento de servir.

 

Fonte:https://www.amesacomaziza.com

Torta Três Delícias

 




INGREDIENTES


10 ovos médios;
150 gr de açúcar;
150 gr de coco ralado;
1 1/2 colher de sopa de amido de milho;
2 colheres de sopa de mel;
100 ml de sumo de laranja;
raspa de 1 laranja média;
açúcar para polvilhar;
margarina para untar o tabuleiro;
papel vegetal para forrar.

PREPARAÇÃO


Unte um tabuleiro com margarina. Forre o fundo com papel vegetal e unte novamente. Aqueça o forno a 200ºC. Misture o açúcar com o coco e o amido de milho. Junte o mel, os ovos, o sumo e a raspa de laranja. Bata até todos os ingredientes estarem bem incorporados. Coloque o preparado no tabuleiro e leve ao forno. Quando deixar de estar líquida retire-a do forno e deixe repousar 2 minutos. Entretanto, polvilhe um pano com açúcar. Desenforme, retire o papel vegetal e enrole. Deixe arrefecer a torta e só depois retire o pano. Coloque-a na torteira e sirva.

 

Fonte: https://www.amesacomaziza.com

 

 


Pudim de Café

 


Gosto muito de pudins e este apesar de levar leite condensado não se torna enjoativo, pois o café vai cortar um pouco do doce. Caso prefira pode substituir o café por descafeinado.

INGREDIENTES


6 ovos;
300 ml de leite condensado;
200 gr de queijo creme;
200 ml de natas;
1 colher de sopa de café solúvel;
caramelo.

PREPARAÇÃO


Forre uma forma de pudim com caramelo e reserve. Aqueça o forno a 180ºC. No liquidificador coloque os ovos, leite condensado, queijo creme, natas e café solúvel. Bata até ficar um creme homogéneo. Deite este preparado na forma caramelizada. Leve ao forno a cozer em banho-maria. Deixe arrefecer completamente antes de desenformar. Sirva frio.

 

Fonte:https://www.amesacomaziza.com






Entrecosto com Cerveja Preta

 



INGREDIENTES


1,200 kg de piano;
5 dentes de alho;
1 folha de louro;
1 malagueta (opcional);
330 ml de cerveja preta;
2 colheres de sopa de manteiga;
2 colheres de sopa de banha;
sal a gosto;
pickles;
azeitonas.

PREPARAÇÃO


Corte o piano em tiras e reserve. Descasque os dentes de alho e esmague-os no almofariz juntamente com a malagueta, o louro e o sal. Esfregue o entrecosto com esta papa e deixe a marinar durante a noite. Pique os pickles. Derreta a manteiga com a banha e frite a carne de ambos os lados. Regue com a cerveja e deixe apurar. Junte os pickles e as azeitonas e sirva.

 

Fonte:https://www.amesacomaziza.com




Camarão Frito

 




Para um lanche ou petisco ao final da tarde estes Camarões Fritos são uma boa sugestão. Se não gostar de comida muito picante convém retirar as sementes à malagueta.

INGREDIENTES


500 gr de camarão;
4 dentes de alho;
1 malagueta;
1 colher de chá de paprika;
1 colher de chá de pimentão doce;
sumo de 1 limão pequeno;
90 ml de Vinho do Porto;
60 ml de azeite;
sal a gosto.

PREPARAÇÃO


Faça um corte nas costas dos camarões, sem cortar demasiado, e retire a tripa (pequena “veia” escura) puxando-a com o bico da faca. Lave-os bem em água corrente e escorra-os. Descasque e pique os dentes de alho. Aqueça o azeite, junte o alho e deixe alourar ligeiramente. Aumente o lume para o máximo e adicione os camarões e a malagueta. Tempere de sal, pimentão doce e paprika. Salteie os camarões durante 2 minutos e acrescente o Vinho do Porto. Quando os camarões estiverem fritos regue com o sumo de limão e retire do lume. Pode decorar com rodelas de limão.

 

Fonte: https://www.amesacomaziza.com

domingo, 15 de agosto de 2021

Palácio D. Chica, em Braga.... foi considerado um dos dez mais belos e impressionantes “lugares abandonados” do mundo.

 



O Castelo da D. Chica, também conhecido como Castelo de Palmeira, Palácio de Dona Chica e Casa da Chica, é um edifício apalaçado que começou a ser construído em 1915.

Projetado pelo arquiteto suíço Ernesto Korrodi, fica situado na freguesia de Palmeira, em Braga. 

Passado mais de um século, em vez de apreciarmos o seu esplendor está abandono e degradado.

 




A sua história

A sua construção iniciou-se em 1915, por iniciativa de Francisca Peixoto de Sousa, nascida no Brasil, que mandou vir do seu país muitas das espécies arbóreas actualmente existentes na mata envolvente.

As obras foram interrompidas em 1919, quando Francisca se separou do marido.

Ao longo de sua história mudou várias vezes de proprietário, arrastando-se as obras por décadas, só sendo concluídas em 1991, adaptado a restaurante e bar.

Foi homologado como Imóvel de Interesse Público por Despacho de 20 de Fevereiro de 1985.

Atualmente o imóvel encontra-se num estado de abandono e degradação, depois de passar por uma disputa judicial quanto à sua posse, envolvendo várias entidades.

Praia Fluvial do Pego - Com uma localização fantástica e uma cascata de tirar o fôlego esta piscina é anfiteatro natural de rara beleza....

 

 

A aldeia de Penha Garcia foi construída sobre rochas graníticas estando em contraste com as calçadas de basalto das ruas, onde o rio Ponsul é o anfitrião. Não existe nada melhor que programar um fim de semana diferente e aproveitar o melhor que a natureza tem para nos oferecer, refrescando-se na Praia Fluvial do Pego. Não é um simples fim de semana na praia!

 


 Comece toda esta aventura de manhã bem cedo pelo percurso pedestre Rota dos Fósseis. Exactamente, esta praia fluvial está inserida no Parque Icnológico de Penha Garcia pertencente ao Geopark Naturtejo, geoparque mundial da UNESCO.

 


 
As rochas graníticas aqui presentes possuem fósseis com cerca de 480 mil milhões de anos. O açude está limitado por muros que originam uma piscina natural de águas límpidas. A presença da magnífica cascata embeleza ainda mais este cenário e os mais aventureiros podem saltar dela. Do lado da cascata existe uma árvore que proporciona alguma sombra para puder contemplar a enorme paisagem que o envolve. Após o passeio pela Rota dos Fósseis e mergulhos refrescantes nas águas da barragem de Penha Garcia visite os velhos moinhos de rodízio. Estes moinhos foram em tempos o maior conjunto de unidades moageiras do concelho estando abertos ao público onde podem ser visitados.

 


Aproveite para descansar nas Termas de Monfortinho situando-se a sensivelmente 15 km da praia. No outro dia pela manhã usufrua da visita à aldeia mais portuguesa, Monsanto, subindo ao castelo para contemplar a grandiosa paisagem. Não deixe de se despedir deste recanto paradisíaco mergulhando novamente nas águas do rio Ponsul da Praia Fluvial do Pego.

 



Como Chegar à Praia Fluvial do Pego

Coordenadas GPS: 40°02’36.7″N 7°00’52.3″W

 


 

Museu da Broa... Viste estes seis moinhos recuperados em contacto puro com a natureza, enquanto aprecia as quedas de água e o verde da paisagem....

 


Em Capela, Penafiel, seis moinhos recuperados integrados numa zona verde e abraçados pelas águas do ribeiro da Trunqueira, traçam um percurso que dá origem ao Museu da Broa.


Na Capela, freguesia do concelho de Penafiel, inserido numa paisagem rural deslumbrante, encontramos o Museu da Broa.

Composto por seis moinhos recuperados e funcionais, o visitante é transportado até ao tempo em que estes constituíam um importante fator de sobrevivência. As mós trabalhavam noite e dia sem parar, produzindo a farinha que dava o sustento aos nossos antepassados: a broa.

Em contacto puro com a natureza, enquanto aprecia o verde da paisagem, o património recuperado, a melodia da água por entre as pedras, o visitante poderá observar o Ciclo Tradicional da Broa em dez painéis, distribuídos pelos moinhos. Neles estão representadas as etapas que trazem a broa à nossa mesa: o trabalho árduo no campo, a alegria na eira, o movimento da moagem, a recompensa pelo esforço de preparação da fornada de broa.
Os moinhos voltam a ganhar vida e o percurso deste ciclo traz-nos lembranças de um tempo que vale a pena (re)viver.


O Museu da Broa constitui um espaço cultural, pedagógico, patrimonial e de lazer preservado para memória da nossa história coletiva.

Contactos
Junta de Freguesia da Capela
Tlf./Fax: +351 255 615 363



Fotos de:
José Garcia

quinta-feira, 5 de agosto de 2021

Basílica do Sameiro - Braga

 


O Santuário do Sameiro, também chamado de Santuário da Imaculada Conceição do Monte do Sameiro ou Santuário de Nossa Senhora do Sameiro, é o segundo santuário mariano de Portugal, pólo de atração para milhares de peregrinos, turistas e visitantes ao longo de todo ano.


Está enquadrada por uma magnífica mata. Proporciona uma panorâmica soberba sobre a cidade de Braga. Permite um delicioso contato com a natureza. Inspira serenidade, paz devoção e tranquilidade de espírito.


O monumental Santuário do Sameiro, de estilo neoclássico, teve origem quando, em 1863, o padre bracarense Martinho da Silva teve a iniciativa de “lançar” a primeira pedra no cimo do monte para a construção de um pedestal para colocar uma estátua de Nossa Senhora da Imaculada Conceição, por quem tinha grande devoção.


Contudo, à medida que a afluência de peregrinos ia aumentando, tornou-se necessária a construção de algo mais expressivo do que o pedestal existente. Assim, em 1870, ergueu-se uma capela no local com 30 metros de comprimento e 18 de largura. Porém, rapidamente essa capela se revelou desajustada para a grande quantidade de pessoas que a visitavam e, por essa razão, em 1890, iniciou-se a construção da atual Basílica. As obras demoraram vários anos e só terminaram em 1953. Não obstante, nos anos 70, houve a necessidade de aumentar o espaço, construindo-se uma Cripta no subsolo.


A Basílica do Santuário do Sameiro, construída em forma de cruz latina, onde sobressaem o zimbório e duas torres que contêm o carrilhão de sinos. No interior existe um artístico sacrário em prata cinzelada de 1,32 metros e uma imagem de Nossa Senhora com uma coroa de 2,5 quilogramas em ouro maciço. Esta imagem é obra do escultor Eugénio Maccagnani e foi trazida de Roma em 1880, tendo sido benzida pelo Papa Pio IX. Destacam-se lateralmente ao altar-mor, os altares do Sagrado Coração de Jesus e de São José.


Este Templo é rodeado por um parque arborizado, jardins, cruzeiro, fontes, capela de ex-votos e edifícios de apoio ao Santuário, um restaurante e as instalações sanitárias para os visitantes e peregrinos. Sobressai ainda, o Pórtico dos Doutores, constituído por quatro esculturas representando os doutores da Igreja: Santo António de Lisboa, Santo Afonso Maria de Ligório, São João de Claraval e São Cirilo de Alexandria.


(41°32'30.79"N 8°22'12.17"W) Monte do Sameiro - Braga - Minho - Portugal

 

Foto@Daniel Jorge

Fortaleza de Juromenha

 


 Fortaleza de Juromenha (Séc. XVII), foi em tempos remotos considerada uma das chaves da fronteira do Alentejo.


Construída no período entre a Guerra da Restauração e a Guerra Peninsular (terceiro quartel do século XVII), no local ponde existiu um castelo medieval, a fortificação é considerada do tipo misto, apresenta planta poligonal, composta por duas cinturas de muralhas, uma interna, onde se inscreve a antiga Torre de Menagem, e outra, externa, do tipo abaluartado no sistema de Vauban, onde se observa a presença dos diversos elementos deste tipo de fortificação: cortinas, revelins, fossos-secos, canhoneiras e outros.


No interior das suas muralhas foram edificadas a Igreja Matriz e a Igreja da Misericórdia, bem como reedificado o antigo Paço do Concelho e cadeia. Uma cisterna de planta rectangular, abastecia a guarnição e os habitantes.


As primeiras referências ao sítio da Juromenha datam da segunda metade do século IX. Durante mais de duzentos anos este local foi considerado a praça-forte de defesa da zona de Badajoz, pertencendo desde o século X ao Califado de Córdova. Em 1167 D. Afonso Henriques conquistou a fortaleza, mas esta voltaria ao domínio do Califa Almasor em 1191. 

Este espaço de defesa do Guadiana só seria definitivamente reconquistado pela Coroa portuguesa em 1242.
Apesar de ter sido objecto de uma total reconstrução em 1312 por ordem de D. Dinis, a fortaleza foi entrando em progressiva decadência a partir do século XVI, só sendo revitalizada no período pós-Restauração, devido à sua importância estratégica.


No ano de 1644 eram apresentados ao Conselho de Guerra de D. João IV três planos de fortificação de Juromenha, que tinham como objectivo adaptar a velha fortaleza medieval à artilharia seiscentista. 

O da autoria do Padre João Cosmander, foi escolhido pelo Conselho, embora algum tempo depois as obras tenham sido interrompidas devido aos elevados custos materiais e à inviabilidade técnica do mesmo. Sendo então o plano, da autoria do engenheiro francês Nicolau de Langres, aprovado em 1646.


(38°44'16.89"N 07°14'22.97"W). Juromenha – Alandroal – Évora - Alentejo – Portugal

Foto@ Daniel Jorge

Castelo Medieval de Portel

 




O castelo de Portel ergue-se em posição dominante num dos contrafortes da serra de Portel, sobre a vila medieval.


A construção do castelo teve início durante a segunda metade do século XIII sendo senhor das terras de Portel Mafomede João de Aboim por doação de D. Afonso III de Portugal.


O castelo, apresenta um estilo gótico, com planta heptagonal reforçada por torres de planta circular nos vértices. A sua forma, novidade na arquitetura militar portuguesa à época, parece ter sido inspirada no Castelo de Angers, na França. É dominado por uma imponente torre de menagem, de planta quadrangular, que se ergue a cerca de vinte e cinco metros de altura, dividida internamente em dois pavimentos acima da linha do adarve, ambos cobertos por abóbada em cruzaria de ogiva. O pavimento inferior serviu de cárcere. Foi utilizada a pedra mármore nos cunhais e nas janelas góticas. A porta de acesso à torre é em ogiva.


Apos a morte de João Aboim e devido a contenda entre os herdeiros pela posse da honra, o castelo reverteu para a posse da Coroa durante o reinado de D. Dinis, que então construi a cerca da vila.


No contexto da crise de 1383-1385, Fernão Gonçalves de Sousa, alcaide de Portel, tomou o partido de Castela, e com receio dos moradores, tomou-lhes as armas a todos e pô-las no castelo. Em Novembro de 1384, no desenvolvimento da campanha alentejana pelas forças do Condestável, D. Nuno Álvares Pereira, um clérigo de Portel, de nome João Mateus, abriu-lhes as portas da vila, facilitando a conquista da povoação e a rendição do castelo. Os seus domínios, após a batalha de Aljubarrota estariam compreendidos na ampla doação de terras e direitos que o soberano fez aquele Condestável, passando, por sucessão, para os domínios da Casa de Bragança.
Posteriormente, sob o reinado de D. Manuel I, a povoação e seu castelo encontram-se figurados por Duarte de Armas (Livro das Fortalezas, c. 1509). 

 

Nessa época a estrutura do castelo foi remodelada dando lugar ao paço dos duques de Bragança e a uma barbacã (1510), ficando as obras a cargo do arquitecto-régio Francisco de Arruda, por instância de D. Jaime, duque de Bragança.


Perdida a sua função defensiva, afastado da linha lindeira e das principais vias de acesso ao território alentejano, o castelo foi progressivamente abandonado até se converter em ruínas no século XIX.


(38°18'32.41"N 07°42'10.94"W) Castelo – Portel – Évora - Alentejo - Portugal

 

 

Foto: @Daniel Jorge

No “Reino” mágico do Minho… Aldeia de Sistelo e os seus Socalcos…

 


A aldeia de Sistelo situa-se no concelho de Arcos de Valdevez, na fronteira do Parque Nacional da Peneda-Gerês, junto à nascente do rio Vez. Famosa pelas suas paisagens em socalcos, onde se cultiva o milho e pasta o gado, a aldeia encontra-se muito bem preservada, tendo sido recuperadas as casas típicas de granito, os espigueiros e os lavadouros públicos.


O Castelo de Sistelo, ex-líbris da aldeia, trata-se na verdade mais de um palácio de finais do século XIX onde viveu o Visconde de Sistelo.


A Direcção Regional de Cultura do Norte reconheceu a freguesia de Sistelo, nos Arcos de Valdevez, como ‘paisagem cultural’.
Sistelo é famoso pelos seus socalcos, que surgem pela necessidade de aumentar a superfície agrícola e de contrariar os declives. São plataformas mais ou menos planas de solo profundo e fértil, construídas nas vertentes das montanhas, sobrepostas umas às outras em escadaria e suportadas por grandiosos muros de pedra. Estas estruturas permitiriam o desenvolvimento de uma agricultura de subsistência de extrema importância para a sobrevivência das comunidades rurais.


Segundo o Autarca de Arcos de Valdevez; os excecionais socalcos de produção agrícola, únicos no país, e que valeram já a Sistelo uma outra classificação informal, a de 'pequeno Tibete português'".


(41°58'24.74"N 08°22'27.65"W) Sistelo - Arcos de Valdevez - Viana do Castelo- Minho – Portugal

 

Foto@ Daniel Jorge

Praia do Creiro e a Pedra da Anicha.

 


Aos pés da Serra da Arrábida, entre a praia dos Coelhos e o Portinho da Arrábida encontra-se a praia do Creiro apresenta um areal muito extenso que compreende quase metade da linha costeira da baía em que está inserida, e destaca-se pela curiosidade da Pedra da Anicha, uma pequena ilhota frente ao conhecido “monte branco”.


A Pedra da Anicha é o ex-libris da Arrábida, um pequeno ilhéu envolto em lendas e mistério como é a história do “Deus Demónio da Pedra da Anicha”.


Está a 100 metros da costa, na praia do Portinho da Arrábida e tem 60 metros de comprimento. 

A enorme diversidade biológica que apresenta deve-se aos fundos arenosos sobre os quais assenta. 


No acesso a praia, ao descermos o final da encosta da Serra da Arrábida, encontra-se um sito arqueológico da época Romana, aqui erguia-se um complexo industrial de produção de salgas de peixe da época Romana (Séc. I-V d.C.) composto por fábrica, balneários e armazéns.


Esta fábrica Romana de Salgas de Peixe foi construída no terceiro quartel do Séc. I d.C.


(38°28'49.44"N 08°58'39.32"W) praia do Creiro - São Lourenço - Azeitão - Setúbal - Portugal

 

Foto@Daniel Jorge

 

 


Sarzedas - O encanto das aldeias de Xisto

 


A aldeia de Xisto de Sarzedas, está situada na “zona raiana”, tendo por limites, a Norte, a serra da Gardunha e, a Sul, o rio Tejo. Está situada à beira daquela que foi, desde o séc. XVIII e até grande parte do séc. XX, a principal estrada de Castelo Branco para Proença-a-Nova, Sertã, Abrantes/Lisboa e Coimbra.


O material de construção predominante é o xisto. Nas fachadas e muros não rebocadas verificamos que o aparelho de xisto integra - tal como em outras Aldeias do Xisto - calhau rolado de tons claros, de quartzo leitoso ou quartzito. Nalguns casos também taipa. 

O granito é frequentemente utilizado em alguns vãos (ombreiras, padieiras, soleiras e peitoris). Hoje em dia a grande maioria das fachadas encontra-se rebocada e pintada, nalguns casos utilizando cores garridas em decorações características da Beira Baixa.


A aldeia de Sarzedas teve um título nobiliárquico atribuído por carta régia de Filipe III em 1630 e que passou por nove titulares, vindo a terminar com a morte da última condessa por não ter sucessores directos em 1748, a partir desta data a vila de Sarzedas e o seu termo foram integrados nos bens da Coroa. Os Condes de Sarzedas tiveram a sua moradia no Palácio da Palhavã, em Lisboa, edifício actualmente ocupado pela embaixada de Espanha.


Mas a História documentada de Sarzedas, começa em 1210, quando D. Sancho I “O Povoador”, solicita ao concelho da Covilhã, um herdamento (uma herança) dentro do seu termo para o monarca entregar ao seu filho bastardo, D. Gil Sanches e ao clérigo fidalgo, D. Paio Pais, seu arcediago. 

O concelho da Covilhã - que tinha recebido o seu foral do mesmo rei em 1186 - responde: "Eu o alcaide e nós os alcades do concelho da Covilhã vimos as cartas do senhor rei Sancho, noas quais nos mandava pedir um herdamento com terras para seu filho D. Gil Sanches e para Pero Pais, devendo ambos possuí-lo ao meio. 

Demo-lo como o senhor rei manda, para que povoem, criem e lavrem, e sejam reconhecidos por moradores dentro do termo da Covilhã." A Covilhã cedeu o território de Sarzedas e D. Gil Sanches foi Senhor de Sarzedas conjuntamente com Paio Pais, concedendo-lhe foral* em 1212, segundo os costumes da Covilhã, para a restaurar e povoar.


Já em 1762 - com Portugal envolvido na Guerra dos Sete Anos, esta região foi invadida pelos exércitos franco-espanhóis, e Sarzedas foi ocupada, tendo sido aqui que o general invasor, o espanhol Conde de Aranha, estabeleceu o seu quartel.


No início do séc. XIX Sarzedas sofre novamente os horrores da guerra, quando Napoleão decide invadir Portugal. A 22 de Novembro de 1807 a Divisão Loison entrou em Sarzedas. A lista de crimes, saques, incêndios e roubos dá uma triste celebridade à povoação: entre outras atrocidades e sacrilégios destruíram o interior e bens da Igreja Matriz. De novo em 06 de Julho de 1808 passam por Sarzedas as tropas napoleónicas arrombando e despojando a igreja matriz, tal como em 1807.


Em 1848, com as reformas administrativas de Mouzinho da Silveira, o então concelho de Sarzedas foi extinto.
(Informações da página Oficial das Aldeias de Xisto)


(39°51'1.21"N 7°41'4.42"W), R. Conde Sarzedas – Sarzedas – Castelo Branco -Beira Baixa - Região Centro – Portugal

 

Foto@ Daniel Jorge

Capela de Santo Amaro - um dos grandes tesouros renascentistas da capital portuguesa.



Lisboa encantada… galilé semicircular da Capela renascentista de Santo Amaro...


Fantástica galilé semicircular em que as paredes estão totalmente revestidas por azulejos policromos tardo-maneiristas com figurações alusivas a Santo Amaro.


Situada no topo de uma colina sobranceira ao Rio Tejo, perto do vale de Alcântara, a Capela de Santo Amaro é um dos grandes tesouros renascentistas da capital portuguesa. 

A Capela espelha o misticismo da cidade das sete colinas. Foi desde cedo local de romaria, tornando-se famosa pela Romaria de Santo Amaro, uma das mais apreciadas em toda a cidade, tendo a última sido realizada em 1911.


A Ermida/Capela de Santo Amaro, foi edificada em 1549 conforme indica a inscrição colocada sobre a porta principal do templo, o projeto é atribuído a Diogo de Torralva, um dos grandes arquitectos do século XVI português, que tão bem explorou e entendeu o novo gosto do Maneirismo, nomeadamente as vias da tratadística italiana da época.


De estrutura centralizada, única na cidade de Lisboa, é composta por dois cilindros, sendo o núcleo da estrutura o espaço circular do oratório, envolvido em metade da sua área por uma galilé semicircular que compõe a fachada, à qual corresponde, do lado oposto direito, à sua pequena capela-mor, sacristia, também cilíndrica com pinturas a óleo no teto.


Foi Templo de peregrinação, e a fundação da capela dedicada ao santo milagreiro está envolta em lendas, não se sabendo ao certo se a sua instituição se deve a um grupo de marinheiros galegos ou a uma confraria instituída no local em 1532 por freires da Ordem de Cristo, com autorização régia de D. João III.


O adro da capela é também por sua vez um dos mais interessantes miradouros de Lisboa, uma maravilha escondida entre as ruelas e colinas de Lisboa, quase sempre deserto, acabou por tornar-se um refúgio perfeito para quem procura um sítio sossegado e interessante para apreciar panorâmicas privilegiadas sobre o Tejo e a Ponte 25 de Abril.


(38°42'6.83"N 09°10'56.78"W) Capela de Santo Amaro - Alcântara– Lisboa – Portugal

 

Foto@Daniel Jorge

Forte da Ínsua - Praia de Moledo

 


No extremo norte da praia de Moledo a 200m da costa, encontra-se a Ínsua de Santo Isidro, uma pequena ilha rochosa, numa excelente posição estratégica um pouco antes da foz do rio Minho, local escolhido para a construção do Forte da Ínsua.


Aqui inicialmente construíram uma capela e era local de culto, posteriormente, em 1392, frades franciscanos da Galiza sob a direcção de frei Diogo Arias, edificaram um cenóbio (Convento) na ínsula. Datará desse período a primeira fortificação no local, com a função de protecção da barra daquele rio e dos religiosos, erguida por determinação de João I de Portugal.
posteriormente foram construindo e reconstruindo fortificações para a protecção contra Piratas e Corsários tendo no século XVII e XVIII sido alvo de obras que o transformaram num baluarte de defesa da costa.


O actual forte setecentista resulta de obras de de construção/reconstrução sob o reinado de João IV de Portugal.
A actual Fortificação marítima abaluartada, apresenta planta estrelada irregular, com cinco baluartes e revelim, integrando no seu interior construções do convento, ampliado em 1676.
Nos cunhais dos quatro baluartes principais foram erguidas guaritas facetadas com cobertura em calote esférica, e num dos panos da muralha foi edificado um balcão rectangular sobre mísulas, com cobertura semelhante. A meio do pano da muralha rasga-se o portão de armas, em arco pleno, inserido numa estrutura rectangular em ressalto, sobre a qual assenta um frontão triangular, cujo tímpano é decorado por três brasões com as armas de Portugal e do Governador.


Numa lápide com inscrição alusiva à edificação da fortificação pode-se ler:


"A Piedade do muito Alto e Poderoso monarca el rei D. João IV / ministrada pela intervenção e assistência de D. Diogo de Lima / Nogueira General e Visconde de Vila Nova da Cerveira Governador das / armas e exército da Província de Entre Douro e Minho dedicaram / esta fortificação à sereníssima Rainha dos Anjos Nossa Senhora / da Ínsua para asilo e defesa das religiosas da Primeira Regra / Seráfica que assistem nos contínuos júbilos desta Senhora debaixo / de cujo patrocínio se assegura a defesa desta corte. Fez-se a / obra na era de 1650"


A praça de armas é dividida em duas áreas. A primeira corresponde a uma ampla plataforma lajeada, onde foram edificados os quartéis, depósito e cozinha. 

No espaço restante foi incorporado o convento, de estrutura sóbria e austera, de modelo chão, cujo conjunto é formado pela igreja, de planta longitudinal composta por nave única coberta por abóbada de berço e sacristia, e pelo claustro, de planta quadrangular, com alas compostas por colunatas jónicas.


Um poço de água potável abastecia a guarnição, composta por um Governador (comandante) e doze praças, revezados semanalmente. Esse poço é notável por se situar no mar, sendo um dos três únicos existentes no mundo.


(41°51'32.54"N 08°52'28.84"W) Ínsua de Santo Isidro - Moledo – Caminha – Viana do Castelo - Portugal

 

Foto@Daniel Jorge

Torre Romana de Centum Cellas - Belmonte…

 


Torre Romana de Centum Cellas também é referida como Centum Cellae ou em outra hora conhecida como Torre de São Cornélio.


Trata-se de um singular monumento lítico em ruínas que, ao longo dos séculos, vem despertado as atenções de curiosos e estudiosos, suscitando as mais diversas lendas e teorias em torno de si.


Uma das tradições, por exemplo, refere que a edificação teria sido uma prisão com uma centena de celas (donde o nome), onde teria estado cativo São Cornélio (donde o nome alternativo).
O monumento, em si, apresenta-se como um dos mais emblemáticos, de todos quantos existem na Beira Interior e se atribuem à presença romana no nosso território.


Estudos realizados pelo IPPAR, entre 1993 e 1998, demonstraram que o edifício da Torre não se encontrava isolado, antes, sim, inserido num conjunto estrutural mais amplo e complexo, que incluía diversos compartimentos, de entre os quais sobressaiam salas, corredores, escadarias, caves e pátios. 

Torre revela-se a parte central e melhor conservada daquela que terá constituído a uilla de Lucius Caecilius, um abastado cidadão romano, negociante de estanho, que, em meados do século I d. C. mandou edificar a sua residência nesta zona, sob direcção de um arquitecto, o qual, ao que tudo parece indicar, conheceria com profundidade as técnicas construtivas ditadas por Vitrúvio.


Composta de apenas dois pisos, a Torre reveste-se de uma evidente centralidade e imponência arquitectónica, em redor da qual se desenvolveu a restante estrutura habitacional, desempenhando um papel de autêntico epicentro das suas eclécticas tarefas diárias.


Datando a sua construção inicial do século I d. C., este edifício foi parcialmente incendiado e destruído em finais do século III, altura em que foi alvo de algumas alterações, designadamente ao nível da disposição dos vários elementos que o compunham na origem. 

De entre este conjunto de remodelações, realçamos a presença de uma sala com abside e larário, para cuja edificação foram reaproveitados materiais pertencentes às estruturas preexistentes. Entretanto, datará da Alta Idade Média a construção de uma capela dedicada a São Cornélio sobre as ruínas da própria uilla, reempregando, para o efeito, e uma vez mais, parte dos seus materiais constitutivos. Esta capela viria, no entanto, a desaparecer já em pleno século XVIII.


(40°22'39.20"N 07°20'33.83"W) Colmeal da Torre – Belmonte - Castelo Branco - Cova da Beira - Portugal

 

Foto@Daniel Jorge

Por terras de Torres Novas... o Castelo e a estatua de D. Sancho I...

 



O castelo de Torres novas foi construído numa posição dominante sobre a vila, à margem do rio Almonda, e fazia parte integrante da chamada Linha do Tejo.


É certo que aqui existia uma povoação Muçulmana à época da Reconquista cristã da Península Ibérica, cuja posse deve ter oscilado ao sabor dos avanços e recuos da linha fronteiriça. Embora se acredite que uma conquista inicial remonte a 1135, perdida em 1137, as fontes documentais são acordes em que Turris foi definitivamente conquistada pelas forças sob o comando de D. Afonso Henriques em 1148, na sequência das conquistas de Santarém e Lisboa, no ano anterior.


Não estão esclarecidas as origens do castelo de Torres Novas, em particular quanto a uma possível ocupação pré-medieval. Ao certo sabe-se que D. Sancho I promoveu a construção de um recinto fortificado, destruído no século XIV no contexto das Guerras Peninsulares que caracterizaram o reinado de D. Fernando. 

O mesmo monarca ordenou a reparação e reconstrução da estrutura, datando dessa campanha de obras os elementos materiais mais relevantes que compõem o castelo. A condução dos trabalhos ficou entregue a mestre Estêvão Domingues e o vedor das obras foi o juíz Lourenço Peres de Santarém, informações que constavam de duas lápides colocadas junto às portas da Praça e do Salvador, e, entretanto, removidas dos seus locais originais.


A configuração do castelo é vincadamente gótica, com planta escudiforme defendida por dez torres quadrangulares salientes da muralha e com acesso preferencial pelo adarve. A porta principal localiza-se no troço Sul e integra-se na antiga casa do Alcaide, que controlava assim o movimento de pessoas e de bens dentro das muralhas. Deveria ser aqui que se localizava a torre de menagem, embora a tradição a identifique no ponto imediatamente oposto, junto à Porta da Traição.


Fortemente danificada pelo terramoto de 1755, que terá ocasionado a derrocada de quatro torres, as décadas seguintes assistiram à reconversão funcional de alguns elementos: o paço do alcaide foi transformado em cadeia e os terrenos contíguos aproveitados por privados, a ponto de o alcaide Francisco Feliciano Castelo Branco, em 1790, reclamar a posse dessas propriedades. Em 1835, o interior do recinto passou a ser usado como cemitério e, finalmente, a 3 de Abril de 1839, D. Maria concedeu à Câmara a plena posse do castelo. 

Esta doação precipitou a ruína do conjunto, uma vez que a opção municipal foi a desmantelar a estrutura, processo parcialmente revertido nas décadas de 40 a 60 do século XX, altura em que a DGEMN reconstruiu alguns troços e as torres que se encontravam praticamente demolidas. (Informação retirada do Web-Site da Direção-Geral do Património Cultural)


(39°28'45.82"N 8°32'25.36"W) Torres Novas - Santarém - Região Centro – Portugal

 

Foto@ Daniel Jorge

No coração de Bragança...Praça da Sé

 



Na cidade de Bragança, a Praça da Sé é um local incontornável de quem visita a cidade, actualmente dominada pela antiga igreja da Sé, hoje em dia denominada oficialmente de igreja paroquial de São João Baptista.


Foi a partir dos últimos anos do séc. XVIII que se tornou progressivamente o “coração da urbe”. Em 1864 ainda aí funcionava um mercado diário de “cereais e todos os géneros comestíveis”.
Nos fins do Séc XVII, no centro da praça foi ali erigida a emblemática cruz, conhecida localmente como o “Cruzeiro” - precoce peça escultórica de fuste serpenteado e decorado com motivos vegetalistas para substituir uma outra aí existente.


A actual igreja da Sé fazia parte de um convento de Clarissas, que a Câmara de Bragança decidiu fundar na cidade em 1535, nosterrenos pertencentes ao mosteiro beneditino de Castro de Avelãs.


Para a execução da obra e direcção dos trabalhos, iniciados em 1539, foram contratados como mestres de obra Pêro de la Faia e Fernão Pires. Patrocinado por D. Teodósio I, 5º duque de Bragança, o complexo conventual foi concluído em 1550. Há relatos que indicam que embora o convento estivesse terminado, não tinha religiosas suficientes para o seu funcionamento, pelo que o edifício foi entregue à Companhia de Jesus em 1561, que o transformou em colégio.


Com a expulsão da Companhia de Jesus do território nacional em 1759, o edifício passou para a posse da Coroa. Em 1764 o templo foi elevado a Sé, quando a sede de diocese foi transferida de Miranda do Douro para Bragança.


Com a inauguração da nova catedral em 2001, o templo passou a ser uma igreja paroquial.


A igreja de São João Baptista pode ser classificada como um templo de tipologia híbrida, edificado na sua origem segundo um modelo de gosto classicista que foi posteriormente adaptado aos módulos contra-reformistas da arquitectura jesuíta. O programa decorativo do espaço interior, já plenamente barroco, é considerado um dos melhores da região.


Através da sacristia tem-se acesso ao claustro, de traça renascentista, dividido em dois registos. No primeiro piso, as galerias são formadas por cinco tramos, de ordem toscana, e no segundo a galeria é fechada, marcada por janelas geminadas de moldura rectangular.


Praça da Sé (41°48'21.63"N 06°45'24.21"W) Praça da Sé - Bragança - Trás-os-Montes - Portugal

 

Foto@ Daniel Jorge

Igreja de Santo Ildefonso - uma das igrejas mais bonitas da cidade do Porto.

 

 

Situada numa das extremidades da Praça da Batalha, a igreja de Santo Ildefonso insere-se num enquadramento urbano muito particular. 


Não são conhecidas as edificações anteriores à actual igreja de Santo Ildefonso. Sabe-se apenas que existia, no século XII, uma ermida que terá sido sagrada pelo bispo D. Pedro Pifões. Desta ermida nasceu, então, a igreja de Santo Ildefonso, nos anos 30 do século XVIII. 

Antecedida por uma escadaria de dimensões consideráveis, a fachada denuncia uma tipologia barroca de grande austeridade. O corpo central surge um pouco avançado em relação aos laterais, rematados por torres sineiras. 

Sobre a porta principal, o frontão triangular exibe tímpano com a inscrição "Ildefonse per te vivit domina mea 1730". Sobre o entablamento denticulado, o nicho acolhe a figura do orago da igreja. O revestimento azulejar, da autoria de Jorge Colaço data já do século XX, nomeadamente de 1932, e apresenta painéis figurativos onde se representam cenas da vida de Santo Ildefonso e alegorias à Eucaristia.


No interior, perde-se a noção longitudinal que o exterior aparentava. A nave octogonal configura um espaço centralizado, animado por pilastras que conferem ritmo ao conjunto. A capela-mor, ampliada no decorrer da campanha de obras de meados do século XIX, apresenta retábulo em talha executado por Miguel Francisco da Silva em 1745, mas sob risco de Nicolau Nasoni. 

Aquele entalhador lisboeta seria, mais tarde, responsável pelo grande retábulo da igreja de São Francisco do Porto. Em Santo Ildefonso o desenho atribuído a Nasoni valoriza motivos decorativos - flores, grinaldas, festões, anjos - em detrimento dos motivos arquitectónicos, antecedendo, de alguma forma, a exuberância da talha e das igrejas forradas a ouro que caracterizaram a cidade no decorrer do século XVIII. (Informação retirada do Web-Site da Direção-Geral do Património Cultural)


(41° 8'45.91"N 08°36'24.15"W) Praça da Batalha - Porto – Região Norte – Portugal

 

Foto@ Daniel Jorge

Jardim do Paço Episcopal (ou de S. João Baptista) em Castelo Branco.

 


Escadaria monumental na qual desfilam os monarcas da 1ª e 2ª dinastias, além do Conde D. Henrique no magnifico Jardim do Paço Episcopal (ou de S. João Baptista) em Castelo Branco.


Curiosamente no patamar fundeiro, antes da ascensão, encontram-se os reis intrusos (os Filipes) e o Cardeal D. Henrique, adepto da causa castelhana, estatuas de menores dimensões. 


Na cultura Ocidental, o conceito bíblico do Éden serviu de matriz, ao longo dos tempos, a inúmeras propostas de jardins. Dai que o jardim seja considerado uma evocação, ainda que imperfeita, do Paraíso na terra.


O Jardim do Paço Episcopal de Castelo Branco com uma área de 5 418 m2, revela-se como um dos mais originais exemplares do barroco em Portugal.


Foi o Bispo da Guarda, D. João de Mendonça que encomendou e provavelmente orientou as obras do Jardim. Este formoso jardim barroco, em forma rectangular, é dominado por balcões e varandas com guardas de ferro e balaústres de cantaria. Dispõe de cinco lagos, com bordos trabalhados, nos quais estão montados jogos de água. Em termos formais o Jardim divide-se em quatro sítios diferentes, mas ligados por diversos pontos de articulação: a entrada, o patamar do buxo, o Jardim Alagado e o Plano Superior. 

A Entrada actual do jardim faz-se pelo R. Bartolomeu da Costa desde 1936. O desenho obedeceu ao espírito do lugar, quer no que diz respeito aos Canteiros quer à Escadaria monumental que conduz ao Plano Superior O patamar do Buxo tem planta rectangular, constitui o patamar principal do jardim e divide-se em 24 talhões limitados por sebes de buxo. É aqui que se encontram, numa alusão às 5 chagas de Cristo, cinco lagos com repuxos. É aqui também que se encontra a Escadaria dos Reis, repuxos e jogos de água surpreendentes. 

Por entre canteiros de buxo de fino recorte, erguem-se simbólicas estátuas de granito, em que se destacam os Novíssimos do Homem, Quatro Virtudes Cardeais, as Três Virtudes Teologais, os Signos do Zodíaco, as Partes do Mundo, as Quatro Estações do Ano, o Fogo e a Caça. Dispostos à maneira de escadório, acham-se representados os Apóstolos e os Reis de Portugal até D. José I. O Jardim alagado contíguo ao anterior. 

Parece emergir de um lago. É pela escadaria do lado poente que se chega ao patamar superior do Jardim onde se encontram estátuas alusivas ao Antigo Testamento e à simbologia da água como elemento purificador.


(39°49'40.16"N 07°29'37.73"W) Jardim do Paço Episcopal – Castelo Branco – Região Centro – Portugal

 

Foto@ Daniel Jorge

O Café Majestic é considerado um dos mais belos do mundo!

 



O Café Majestic é um café histórico na Rua de Santa Catarina, um dos ex-libris da cidade do Porto.


A sua relevância advém tanto da ambiência cultural que o envolve, nomeadamente a tradição do café tertúlia, onde se encontravam várias personalidades da vida cultural e artística da cidade, como também da sua arquitectura de identidade Arte Nova, em 2011 entrou no “TOP 10 MOST BEAUTIFUL CAFÉS IN THE WORLD “, sendo considerado o sexto café mais bonito do mundo.
Inaugurado a 17 de dezembro de 1921, com o nome de "Elite", o café, esteve desde logo associado a uma certa frequência das pessoas distintas da época. Um dos que estiveram presentes na inauguração foi o piloto aviador Gago Coutinho, acabado de chegar de uma viagem à ilha da Madeira, e que ficou encantado com o esplendor da decoração arte nova.


No ano seguinte o nome mudaria de Elite para Majestic, sugerindo o Chic Parisiense, mais ao encontro da clientela que pretendia atrair, e tão apreciado na época.


Frequentaram o café nomes como Teixeira de Pascoaes, José Régio, António Nobre, o filósofo Leonardo Coimbra. Mais tarde tornou-se lugar assíduo para os estudantes e professores da Escola de Belas Artes do Porto.


Uma outra das conhecidas tertúlias que o animou era constituída pelo escultor José Rodrigues e pelos pintores Armando Alves, Ângelo de Sousa e Jorge Pinheiro. Este grupo adoptaria, devido à classificação final do curso, o irónico nome de "Os quatro vintes", e manter-se-ia unido numa série de exposições no Porto, em Lisboa e em Paris no período 1968-1971.


Na biografia de J.K. Rowling escrita por Sean Smith, refere-se que a escritora passava muito tempo no Café Majestic a trabalhar no primeiro livro "Harry Potter e a Pedra Filosofal"


O Café Majestic de traça idealizada pelo arquitecto João Queirós, inspirada na obra do mestre Marques da Silva, permanece ainda hoje como um dos mais belos e representativos exemplares de Arte Nova na cidade do Porto. O edifício, fundeado em 1916 no ângulo formado pelas ruas de Santa Catarina e Passos Manuel.


A imponente fachada em mármore, adornada com aspectos vegetalistas de formas sinuosas, reflecte o bom estilo decorativo da altura. Um trio de elegantes colunas marca a frontaria, limitada por uma secção rectangular, rasgada em vidro. No topo um frontão coroa a composição com as iniciais do Majestic. 

Ladeiam-no duas representações de crianças que, divertidas, convidam o transeunte a entrar. Dentro do estabelecimento, de planta rectangular, reina a linguagem Arte Nova.

 A simetria curvilínea das molduras em madeira e os pormenores decorativos cativam a observação. Grandes espelhos riscados pela idade, intercalados por candeeiros em metal trabalhado, delimitam as paredes num inteligente jogo óptico de amplitude, que lhe dá uma dimensão maior que a real.


A 24 de Janeiro de 1983 foi classificado como Imóvel de Interesse Público e "património cultural" da cidade, e hoje é, indubitavelmente, uma das mais importantes atrações turísticas da cidade do Porto.


(41° 8'49.98"N 08°36'24.20"W) Rua de Santa Catarina - Porto - Região Norte – Portugal

 

@Foto Daniel Jorge

Santuário do Senhor Jesus da Pedra

 


Imponente construção em formato hexagonal, mesmo aos “pés” da Vila medieval de Óbidos.


Santuário em estilo barroco, esta Igreja destaca-se sobretudo pela originalidade da articulação da sua planta hexagonal, inscrita numa circunferência, à qual se anexam três corpos, dois correspondentes às torres e outro que corresponde à sacristia. 

No seu programa de simetrias destaca-se o jogo de janelas invertidas. O seu interior apresenta três capelas: a capela-mor dedicada ao Calvário, com uma tela de André Gonçalves, e as capelas laterais dedicadas a Nossa Senhora da Conceição e à Morte de São José, com telas de José da Costa Negreiros. 

Destacam-se ainda as belas talhas barrocas, mármores, imagens e mobiliário, com telas de Vieira Portuense e de Pedro Alexandrino de Carvalho.


Como é apanágio da época e também da nossa cultura, este santuário está envolto em lendas que pretendem justificar a origem do Santuário. Possuem em comum a acção milagrosa de uma antiga cruz de pedra com a imagem esculpida de Cristo crucificado, hoje exposta no altar-mor da igreja.


A mais popular e que nos dias que vivemos hoje seria de grande importância (devido a seca que vivemos), afirma que na década de 1730, vivendo a região uma prolongada seca com grandes prejuízos para a agricultura, um lavrador foi chamado pela imagem, que se encontrava escondida num combro por entre silvados, em terreno da Colegiada de Santa Maria de Óbidos, junto à estrada que ligava esta vila a Caldas da Rainha. A imagem "clamou-lhe" veneração, o que o lavrador veio a cumprir com o concurso de alguns outros populares, registando-se a partir de então as chuvas.


A tradição pretende ainda que aquela pequena escultura havia ali sido colocada pela própria rainha D. Leonor, para indicar o caminho das águas curativas de Caldas, constituindo-se em objecto de veneração à época daquela soberana, mas tendo depois caído no esquecimento. 

Com a sua redescoberta pelo lavrador e o subsequente "milagre", a imagem voltou a ser objecto de devoção popular, tendo sido erigida uma capela de madeira para albergá-la, e pouco mais tarde este magnifico santuário.


(39°21'52.43"N 09° 8'59.96"W), Óbidos – Leiria - sub-região do Oeste – Portugal

 

Foto@ Daniel Jorge


Palácio Mateus

 


A Casa de Mateus em Vila Real, foi mandada construir na primeira metade do século XVIII por António José Botelho Mourão, 3º Morgado de Mateus. Substitui-se à casa da família já existente no local em inícios do século XVII.


De arquitectura barroca, de gosto italiano, é atribuída a Nicolau Nasoni pela coerência do estilo e semelhança com outras obras de sua autoria. Segundo Robert Smith, especialista na sua obra, o arquitecto terá dedicado à construção da Casa, ou pelo menos à sua fachada central e decoração, os anos entre 1739 a 1743.


Para além do esplendor barroco da fachada principal e da riqueza da decoração, composta por cimalhas curvas, frontões, pináculos e estatuária, impressiona a racionalidade da planta e o rigor da métrica e da modulação.


A planta inscreve-se num rectângulo, e divide-se em dois quadrados vazados ao centro, que criam várias alas e compõem dois pátios ligados entre si por grandes aberturas no piso térreo. 

O pátio frontal é aberto libertando a vista da fachada principal recuada e voltada a poente, e o posterior é encerrado, e definem através dos grandes vãos do rés-do-chão um eixo central de perspectiva que atravessa toda a construção, e constitui um enfiamento de expressão clássica e grande harmonia.
 

O acesso ao piso nobre faz-se por duplas escadarias que se repetem nas fachadas transversais dos dois pátios, duas a poente e uma a nascente, e acentuam a simetria e o movimento barroco de toda a ornamentação.


O granito amarelo constrói as paredes duplas e desenha as cantarias, e a madeira de castanho aparente compõe as portadas, a talha que trabalha os tectos de caixotão simples ou abobadado e as sobreportas com motivos da heráldica da família.


Completam o conjunto a Capela e a Adega, contribuindo para a monumentalidade da leitura global, com as suas volumetrias de grande harmonia.


(41°17'49.15"N 7°42'46.65"W) Casa Mateus – Vila Real - Trás-os-Montes - Portugal

 

Foto@ Daniel Jorge






Citânia de Santa Luzia - A "cidade velha"

 


A Citânia de Santa Luzia, conhecida localmente como "cidade velha", é um dos castros mais conhecidos do Norte de Portugal situado no Monte de Santa Luzia, bem ao lado do fantástico Santuário de Santa Luzia., sobranceiro a cidade de Viana do Castelo.


Com uma excelente vista sobre o Rio Lima, bem como a área costeira do Atlântico possibilitava condições únicas de defesa com controlo das vias marítimas e terrestres, na antiguidade o rio Lima seria navegável em grande parte do seu curso, o que dava a esta localização uma importância estratégica.


Este povoado fortificado estava delimitado por três linhas de muralha, complementadas por torreões e dois fossos e teve ocupação contínua entre os períodos da Idade do Ferro e a romanização, o que o converte sem dúvida, num dos locais mais importantes para o estudo da Proto-História e da Romanização do Alto Minho.


Segundo os estudiosos a distribuição das estruturas permite aferir momentos distintos de ocupação, podendo enquadrar a reestruturação do espaço entre o séc. I a.C. e o séc. I d.C.


O Povoado apresenta características muito próprias, principalmente ao nível das estruturas arquitetónicas, com destaque para o aparelho poligonal, utilizado em algumas casas, que apresentavam uma planta circular com um vestíbulo ou átrio e que, em alguns casos, albergavam fornos de cozer pão.


À semelhança de inúmeros castros desta área geográfica, A Citânia de Santa Luzia regista claramente vestígios de ocupação romana com algumas habitações de planta retângular e arruamentos perpendiculares.


(41°42'18.70"N 08°50'7.79"W) Monte de Santa Luzia – Viana do Castelo - Minho – Portugal

 

Foto@ Daniel Jorge


Forte de Nossa Senhora da Graça

 



O Forte de Nossa Senhora da Graça, oficialmente denominado como Forte Conde de Lippe, foi erguido numa posição dominante sobre o estratégico Monte da Graça, e integrava a defesa da Praça-forte de Elvas.


A boa posição estratégica do local evidenciou-se durante a Guerra da Restauração, quando as tropas espanholas ocuparam o local (monte da Graça) durante o cerco à cidade de Elvas no ano de 1658 que precedeu a Batalha das Linhas de Elvas a 14 de Janeiro de 1659.


A construção do Forte inicia-se em 1763 e é inaugurado por Dna. Maria em 1792, com o nome de Forte Conde de Lippe, militar que havia proposto a sua construção e que comandou o Exército português entre 1762 e 1764.


Para a sua construção foram precisos quase 30 anos, seis mil homens, quatro mil animais e 120 mil moedas de ouro.
O forte resistiu às tropas espanholas durante a chamada Guerra das Laranjas (1801) e, mais tarde, no contexto da Guerra Peninsular, às tropas do general Nicolas Jean de Dieu Soult, que a bombardearam (1811), não chegando a tomá-la.


Utilizado no passado como prisão militar, o conjunto encontrava-se até 2014 em condições próximas da ruína, Apos a sua cedência à Câmara Municipal de Elvas iniciaram-se obras de consolidação e restauro, que foram concluídas em setembro de 2015.


Em 2015, foram precisos quase 11 meses, 220 trabalhadores a tempo inteiro e 6,1 milhões de euros para o restaurar e reabilitar a tempo de no dia 27 de novembro de 2015, reabrir as suas portas ao público.


(38°53'41.45"N 7° 9'50.86"W) Elvas – Portalegre - Alto Alentejo – Portugal

Foto@Daniel Jorge

segunda-feira, 2 de agosto de 2021

Castelo de Alter do Chão

 


O castelo de Alter fica no centro histórico da vila, este castelo é representativo da arquitetura medieval trecentista, quando cooperava com o vizinho Castelo de Alter Pedroso na defesa desta região.


A atual conformação do castelo remonta ao reinado de Pedro I, que determinou a sua reconstrução em 22 de setembro de 1357, de acordo com a placa epigráfica de mármore sobre o portão principal. O soberano reformou o Foral da vila em 1359. Fernando I (r. 1367–1383) fez doação dos domínios da vila a Nuno Álvares Pereira, que por sua vez os doou a Gonçalo Eanes de Abreu.


Sob o reinado de João I, este monarca confirmou os domínios da vila e seu castelo ao Condestável Nuno Álvares Pereira. Este legou-o, por morte, à sua filha, que o transferiu, por casamento com o duque de Bragança, aos domínios desta Casa. Neste momento de sucessão, registrou-se uma campanha de obras no castelo (1432).


À época do reinado de João II, o então duque de Bragança, Fernando II, utilizou este castelo como prisão, argumento que viria a ser usado contra si quando das acusações por rebeldia e conspiração contra o soberano e que o condenaram à morte em 1483. Dom Manuel I outorgou o Foral Novo à vila a 1 de junho de 1512, datando deste período a construção da porta adintelada da alcaidaria.


O castelo, apresenta planta quadrangular, em estilo gótico inicial. Os panos de muralha, em aparelho de xisto e granito, são reforçados por seis torres: duas de planta quadrangular, dois cubelos cilíndricos nos vértices, um torreão de planta quadrangular a meio do pano Nordeste e um de planta quadrada sobre o portão, a meio do pano Sudoeste. O cubelo no vértice Leste é coroado por um coruchéu cônico. Um adarve percorre o alto das muralhas, protegido por ameias, apoiando-se, no troço Leste, em cachorros. Os merlões quadrangulares de seteiras alternadas que coroam algumas dessas torres foram refeitos durante as intervenções promovidas na década de 1940.


O portão do castelo, em arco ogival, é encimado por uma pedra de armas com uma inscrição epigráfica, que reza: 

“ ERAMILÉSSIMA: CCC E NOVENTA V ANOS XXII DIAS DE SETEMBRO O MUI NOBRE REI DOM PEDRO MANDOU FAZER ESTE SEU CASTELO D'ALTER DO CHÃO”.


O ano na inscrição corresponde a 1357 do Calendário Gregoriano. Por esse portão se acede à praça de armas na qual se abrem o poço e a cisterna. Em posição recuada na praça de armas, ergue-se a Torre de Menagem, com planta no formato quadrangular, elevando-se a 44 metros de altura, com o parapeito coroado por ameias tronco-piramidais. 

Internamente, divide-se em dois pavimentos, com tetos em abóbada de berço reforçados por arcos quebrados de cantaria, iluminados por janelas gradeadas.

 Todas as portas desta torre apresentam vergas em arco quebrado.
Contígua à Torre de Menagem, encontra-se a fachada da antiga alcaidaria e de outras dependências, com os seus muros rasgados por diversas portas, janelas e uma escadaria de acesso, que demonstram ter tido este castelo a função residencial. Sobre a porta da alcaidaria, com ombreiras de cantaria de granito, encontra-se outra inscrição epigráfica, que reza:

” ESTA OBRA MANDOU FAZER FERNÃO RODRIGUES VEEDOR DE DOM FERNANDO NETO DEL REI E CONDE D' ARRAIOLOS ERA DO MUNDO DE MIL jjjjc e X ANOS.” 

O ano na inscrição corresponde a 1372 do Calendário Gregoriano.


(39° 11.940' N 7° 39.519' W) Alter do Chão – Portalegre - Alto Alentejo – Portugal

 

Foto@Daniel Jorge

Villa Romana de Cardílio

 


Ruínas do "frigidarium", do "caldarium" e respectivo "hypocaustum", e uma divisão com mosaicos da villa romana de Cardílio.


A poucos quilómetros de Torres Novas encontramos as ruínas da Villa Romana de nome Cardílio, cuja ocupação foi compreendida entre os séculos I e IV d.C. Foi posta a descoberto pelas escavações a cargo do coronel Afonso Paço, a partir de 1962. Esta zona, conhecida há muitos anos pela população local, era utilizada como pedreira de onde recolhiam matérias para a construção de habitações, a exploração arqueológica do local só começou por influência da Câmara de Torres Novas. 


Do vasto espólio recolhido, podemos destacar, moedas dos séculos II, III e IV, d.C. cerâmicas, bronzes, ferros, vidros assírios e egípcios, estuques coloridos, anéis, pedras de coar e até uma estátua de Eros. Descobertas também as bases de um edifício, com mosaicos de cores vivas e motivos geométricos, predominando as tranças e entrelaçados, distribuídos pelas diversas salas, outros quadros representam aves, motivos agrícolas, os retratos dos donos da casa e inscrições em latim. 

O nome que é atribuído a esta estação arqueológica, deve-se a uma das inscrições que referem o nome de «Cardilium», provável dono desta vila, em que não faltava um jardim, sistema de distribuição de água e aquecimento.


(39°27'10.38"N 08°31'41.29"W) Caveira (Santa Maria) – Torres Novas – Região Centro – Portugal

 

Foto@ Daniel Jorge

O encanto das aldeias de Xisto... Aldeia da Pena

 


Pelas ruas da Aldeia da Pena – Góis, encontramos detalhes de como o “homem” soube e sabe aproveitar a natureza para dela tirar o maior proveito, como é esta varanda edificada sobre uma grande fraga de Xisto.


Esta aldeia é o resultado perfeito da construção conjugando o xisto com o quartzito.


As condições topográficas levaram a que a aldeia se desenvolvesse ao longo de um promontório, parecendo que o casario se encontra em desafio às leis do equilíbrio e à força da gravidade.


A aldeia de Pena retira da água cristalina da ribeira todos os proveitos. Ali ao lado, os Penedos de Góis são uma proposta de aventura para os mais ousados (Texto retirado da página oficial das Aldeias de Xisto). 


(40º 06' 38.67" N 08º 08' 05.05 W), Pena – Góis – Coimbra - Região Centro – Portugal

 

Foto@ Daniel Jorge