Como alguém já apelidou, Penha Garcia é a aldeia-lagarto da raia, porque se espraia-se ao longo de uma enorme encosta orientada a Sul/Sudoeste ficando ao sol todo o dia.
No topo da encosta a coroar a aldeia está o castelo que observa Espanha, Monsanto e Penamacor. Do outro lado da encosta (Norte/Nordeste), a paisagem muda radicalmente, com escarpas enormes de quartzitos, um vale profundo, uma barragem que dita o caudal do Rio Ponsul e meia dúzia de casas de pedra.
São quase todas moinhos de água e parecem miniaturas vistas do castelo.
Neste vale encantado encontramos um interessante e numeroso conjunto de moinhos de rodízios, alguns dos quais foram recuperados de modo a ilustrar o ambiente de trabalho e habitacional, que se desenvolvia no local.
Este núcleo molinológico é extenso e rico, podendo-se observar várias tipologias de moinhos acionados a água. Hoje em dia continuam a funcionar 4 dos 24 moinhos que chegaram a existir. O último, “que era do ti Serrano”, esteve a trabalhar até 1978. A grande quantidade de moleiros e a atividade que realizaram durante muito tempo deu fama a Penha Garcia como terra de bom pão.
Este conjunto de moinhos encontram-se também associados ao percurso pedestre Rota dos Fósseis, pois está localizado e faz parte integrante do projeto de preservação das arribas fósseis da garganta do rio Ponsul, incluído no Geopark da Meseta Meridional – Naturtejo.
(40º02'40.05"N 07º00'55.38"W) – Penha Garcia - Idanha-a-Nova – Castelo Branco - Portugal
Foto@ Daniel Jorge
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