terça-feira, 20 de julho de 2021

Sé Catedral de Viseu

 


Visto de longe, o recorte das torres da Sé é um ponto de referência para quem visita a cidade de Viseu. A actual catedral foi construída junto a um primitivo templo suevo-visigótico que dataria do século X, época em que a povoação foi capital de um extenso território limitado entre os rios Douro e Mondego. Porém, foi durante o reinado de D. Afonso Henriques que a imponente catedral, símbolo da história viseense, começou a tomar forma.

 


 Ao chegar ao adro da Sé, o visitante depara-se com a majestosa fachada delimitada por duas robustas torres sineiras, uma de construção medieval e a outra reconstruída no século XVII, após ter sido derrubada por um violento temporal. Entre elas, ergue-se o corpo central como um magistral retábulo de pedra, registo sobre registo, onde se distribuem seis nichos que albergam as esculturas representando os quatro Evangelistas, São Teotónio, padroeiro da Sé, e coroando o conjunto, a Senhora da Assunção. Ao centro, o portal de arco abatido convida a entrar.

 



Embora as grandes torres lhe dêem um aspecto de igreja-fortaleza, a Sé de Viseu viu o seu estilo profundamente alterado com o passar dos séculos, devido a diversos restauros e acrescentos, o que justifica a actual mistura de elementos de diferentes épocas.

Durante o período áureo que Viseu viveu no reinado de D. Dinis, a que não foi alheio o enérgico bispo D. Egas, a catedral foi renovada, e viria a sê-lo igualmente na época manuelina, quando ali foram realizadas obras de impressionante qualidade estética.

Quem, hoje, passa o portal para o seu interior, não pode deixar de se maravilhar com as imponentes abóbadas que cobrem o espaço desde o tempo do bispado de D. Diogo Ortiz de Vilhena, uma obra executada por um dos mais consagrados arquitectos do tempo manuelino, João de Castilho.

Séculos mais tarde, já em pleno tempo barroco, o interior da catedral voltou a ter uma nova roupagem, dada pela magnificência da talha dourada, dos painéis de azulejo e das pinturas figurativas, que se estenderam também ao claustro e à casa do cabido. No centro da Beira, a Sé de Viseu ainda se impõe pelo seu esplendor.

 


 



Adro da Sé
3500-195 Viseu
+351 232 436 065

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