Os Tapetes de Beiriz são uma forma de artesanato tradicional da Póvoa do Varzim.
São manufacturados em teares de madeira. Os tapetes de lãs cortadas, são trabalhados nos pontos que os tornaram célebres (ponto de Beiriz, ponto estrela e ponto zagal), apresentam desenhos originais com flores como tema predominante. Este incrível tapete tem como característica única o facto do seu desenho poder ser visto pelo avesso.
A história do tapete de Beiriz remonta a um passado relativamente recente. Data do início do século XX e foi ideia de Hilda d'Almeida Brandão Rodrigues Miranda, nascida em 1892 e falecida em 1949. Constituiu uma fábrica em Beiriz em conjunto com uma ajudante. Começaram a produção da tapeçaria e foram enriquecendo com o ponto por elas inventado, o "nó de Beiriz", que se tornaria famoso, após a sua morte, a fábrica passa para a mão de familiares mas acaba por falir em 1974.
Mais tarde, em 1988, um casal, José Ferreira e Heidi Hannamann Ferreira, recomeçam a produção destes tapetes, recrutando as artesãs da antiga fábrica.
São tapetes notáveis premiados e com demanda nacional e internacional, levando a que os preços oscilem entre 160 a 250 euros por metro quadrado. Os tapetes de Beiriz decoram o Palácio Real dos Países Baixos e edíficios públicos portugueses. O Teatro de São Carlos, em Lisboa, orgulha-se de possuir uma excelente colecção destes tapetes. Um, não, dois desses tapetes podem observar-se no Salão Nobre.
Sala dos Embaixadores do Palácio de Belém. Este tapete foi feito há cerca de 10 anos após um período de fabrico, que se prolongou por 3 meses. A inspiração vem dum antigo tapete existente no palácio. Tem cerca de 6 metros de largura e é totalmente feito em lã.
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