quinta-feira, 5 de agosto de 2021

Por terras de Torres Novas... o Castelo e a estatua de D. Sancho I...

 



O castelo de Torres novas foi construído numa posição dominante sobre a vila, à margem do rio Almonda, e fazia parte integrante da chamada Linha do Tejo.


É certo que aqui existia uma povoação Muçulmana à época da Reconquista cristã da Península Ibérica, cuja posse deve ter oscilado ao sabor dos avanços e recuos da linha fronteiriça. Embora se acredite que uma conquista inicial remonte a 1135, perdida em 1137, as fontes documentais são acordes em que Turris foi definitivamente conquistada pelas forças sob o comando de D. Afonso Henriques em 1148, na sequência das conquistas de Santarém e Lisboa, no ano anterior.


Não estão esclarecidas as origens do castelo de Torres Novas, em particular quanto a uma possível ocupação pré-medieval. Ao certo sabe-se que D. Sancho I promoveu a construção de um recinto fortificado, destruído no século XIV no contexto das Guerras Peninsulares que caracterizaram o reinado de D. Fernando. 

O mesmo monarca ordenou a reparação e reconstrução da estrutura, datando dessa campanha de obras os elementos materiais mais relevantes que compõem o castelo. A condução dos trabalhos ficou entregue a mestre Estêvão Domingues e o vedor das obras foi o juíz Lourenço Peres de Santarém, informações que constavam de duas lápides colocadas junto às portas da Praça e do Salvador, e, entretanto, removidas dos seus locais originais.


A configuração do castelo é vincadamente gótica, com planta escudiforme defendida por dez torres quadrangulares salientes da muralha e com acesso preferencial pelo adarve. A porta principal localiza-se no troço Sul e integra-se na antiga casa do Alcaide, que controlava assim o movimento de pessoas e de bens dentro das muralhas. Deveria ser aqui que se localizava a torre de menagem, embora a tradição a identifique no ponto imediatamente oposto, junto à Porta da Traição.


Fortemente danificada pelo terramoto de 1755, que terá ocasionado a derrocada de quatro torres, as décadas seguintes assistiram à reconversão funcional de alguns elementos: o paço do alcaide foi transformado em cadeia e os terrenos contíguos aproveitados por privados, a ponto de o alcaide Francisco Feliciano Castelo Branco, em 1790, reclamar a posse dessas propriedades. Em 1835, o interior do recinto passou a ser usado como cemitério e, finalmente, a 3 de Abril de 1839, D. Maria concedeu à Câmara a plena posse do castelo. 

Esta doação precipitou a ruína do conjunto, uma vez que a opção municipal foi a desmantelar a estrutura, processo parcialmente revertido nas décadas de 40 a 60 do século XX, altura em que a DGEMN reconstruiu alguns troços e as torres que se encontravam praticamente demolidas. (Informação retirada do Web-Site da Direção-Geral do Património Cultural)


(39°28'45.82"N 8°32'25.36"W) Torres Novas - Santarém - Região Centro – Portugal

 

Foto@ Daniel Jorge

Sem comentários:

Enviar um comentário

Nota: só um membro deste blogue pode publicar um comentário.