O vinho de Portugal,
Água não lhe deitarás,
Que te pode fazer mal.
O segundo, não jurarás
Pela folha da parreira,
Pois grande ofensa se faz
À sua mãe, a videira
O terceiro, levarás azeitonas,
Bacalhau, pão e queijo,
Beberás com todo o jeito
Até fartar teu desejo.
O quarto, a tua borracha
Com respeito adorarás;
Quando a encontrares no caminho
O chapéu lhe tirarás.
O quinto é não matar,
Só se for chibo ou carneiro,
Para fazeres dele um odre
Que seja teu cabaçeiro.
O sexto não desejarás
Comer salada de pepino,
Que dizem certos autores
Ser veneno contra o vinho.
O sétimo, não furtar
Só se for para beber;
Se te fores confessar
Sempre te hão-de absolver.
O oitavo, não desejar
Ver a medida pequena;
Beber por um cangirão
Que faça a vista morena.
O nono, não desejar
Beber o vinho alheio,
Quando estiver turvo
Ou já muito vinagreiro.
O décimo é amar
A aguardente e o vinho
E ser sempre um bom devoto
Do advogado S. Martinho.
Estes são dez mandamentos
Que a todos convém saber:
É pôr a boca à torneira
E … deixá-la correr!
Fonte do texto: daqui
Fonte da foto: daqui
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