Junto ao mar, no extremo sudoeste da ilha de São Miguel, Açores, situa-se o lugar da Ferraria.
Integrado no Monumento Natural Regional do Pico das Camarinhas e Ponta da Ferraria, esta zona de protecção da natureza é composta por diversas estruturas de origem vulcânica de grande valor paisagístico e científico.
Este acontecimento geológico é anterior ao povoamento da ilha de São Miguel e teve origem numa erupção estromboliana que construiu um cone de escórias e originou uma escoada de lava. A lava desceu pela arriba em direcção ao mar e construiu uma fajã lávica.
A entrada desta corrente lávica no mar, gerou uma explosão freática, que por sua vez criou uma estrutura vulcânica em forma de cone, encimada por uma cratera.
Não sendo uma cratera comum, por não estar associada a uma chaminé vulcânica de cuja profundidade viria o magma, esta cratera é científicamente designada de pseudocratera e é considerada, pela sua singularidade e beleza, um Geomonumento a preservar.
Mas para além da sua beleza e interesse científico, o lugar da Ferraria tem outra grande riqueza: as suas duas nascentes de águas termais de origem vulcânica que aquecem as piscinas naturais da Ferraria e abastecem o seu complexo Termal. As qualidades terapêuticas das águas termais da Ferraria levaram a que esta se tornasse um local quase de culto.
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