A Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD) em cooperação com a empresa Oliveiras Milenares assegura a datação das mais antigas oliveiras portuguesas. A mais velha, até ao momento, tem a módica idade de 3.350 anos. Situa-se no concelho de Abrantes, onde é conhecida como a “Oliveira do Mouchão”.
Foram datadas centenas de outras oliveiras milenares em Portugal, uma com 2850 anos em Santa Iria de Azóia, várias em Monsaraz,uma delas com 2.450 anos, em Estremoz, Montemor-o-Novo, Lagoa, Beja, Vila Moura, Évora, Parque Serralves do Porto, entre outros pontos do país
José Luís Louzada, investigador da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD), lidera uma equipa que, há vários anos, criou um método científico inovador que tem sido usado na classificação das oliveiras. O investigador aponta as razões da longevidade, “A oliveira está muito bem-adaptada ao nosso clima mediterrâneo. É sem dúvida um dos seres vivos que mais resiste ao tempo, pela sua grande capacidade de rejuvenescimento. Um pedaço de tronco por mais velho que esteja tem a capacidade de voltar a rebentar e a oliveira continuar a produzir azeitona”.
José Luís Louzada traça uma comparação que nos permite enquadrar a extraordinária longevidade destes seres vivo, “Há centenas de oliveiras portuguesas que já ultrapassam a idade de Cristo e podemos encontrá-las especialmente a sul do Mondego”, curiosamente “em muitos territórios nacionais, quem é dono das terras não é dono das oliveiras. Estas estão doadas, desde há séculos, a instituições que garantam a longevidade do seu uso, como sejam algumas irmandades religiosas ou as próprias Santas Casas da Misericórdia. E o azeite produzido é, muitas vezes, para sustento das igrejas e capelas, ou para alumiar nas lamparinas.”
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